25 fev, 2025 - 19:07 • Ricardo Vieira, com Lusa
Veja também:
A Ucrânia aceitou um acordo para os Estados Unidos explorarem as terras com minerais raros, avançou esta terça-feira o jornal Financial Times (FT). A notícia ainda não foi confirmada oficialmente.
Kiev e Washington fizeram cedências e conseguiram alcançar um entendimento, indica o FT, que cita fontes ucranianas.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
Estados Unidos abdicaram de uma exigência de 500 mil milhões de dólares em receitas potenciais com o acordo, um dos argumentos apresentados pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, como compensação pelas ajuda na guerra contra a Rússia.
24 de fevereiro de 2022
A Ucrânia e a Rússia entram no quarto ano de uma i(...)
O Governo de Volodymyr Zelensky espera desta maneira melhorar as relações com a Administração Trump, refere o Financial Times.
Além de metais raros, o acordo entre Ucrânia e Estados Unidos inclui também a exploração de petróleo e gás.
Este pode ser um passo para acabar com a guerra na Ucrânia. No domingo, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, vai receber vários líderes mundiais para discutirem o problema e concertar posições.
De acordo com a imprensa norte-americana, Zelensky irá a Washington na sexta-feira para firmar o acordo.
Na segunda-feira, Trump já tinha dado a entender que o presidente da Ucrânia podia visitar o país em breve.
"Ele pode vir esta semana ou na próxima assinar o acordo, o que seria bom", disse Trump, ontem, durante a visita de Macron.
A Ucrânia propôs aos seus aliados impostos especiais de consumo sobre a energia e as matérias-primas russas após o fim da guerra, quando o custo da reconstrução do país ultrapassa já largamente o valor dos ativos russos congelados.
Falando na apresentação de um relatório de danos para assinalar o terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia, o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, insistiu no confisco total dos ativos russos congelados.
"As necessidades de reconstrução já excedem em volume os ativos russos congelados", pelo que o responsável apresentou a possibilidade de "introduzir impostos especiais sobre a energia e as matérias-primas russas após a guerra".
Shmygal acredita que a Rússia será forçada a pagar pelos danos causados pela guerra, ao mesmo tempo que a Ucrânia recebe "recursos significativos para a reconstrução" e é criado um precedente que protegerá as vítimas de possíveis agressões futuras.
"Durante o ano, o número de bens danificados ou destruídos aumentou 93%. São perdas colossais que estamos a substituir em tempo real", assumiu ainda o responsável, citando os setores da habitação e da energia, assim como infraestruturas consideradas críticas - instalações médicas e educativas, comunicações - como as mais afetadas.
Shmygal citou um relatório recente do Banco Mundial que estima as necessidades de reconstrução do país em 524 mil milhões de dólares (perto de 500 mil milhões de euros), ou seja, mais 38 mil milhões de dólares (36 mil milhões de euros) do que cálculos anteriores.
"Números tão elevados significam que a recuperação deve tornar-se um projeto global", sublinhou o governante, defendendo que a "reconstrução tem de ser feita agora".
"A qualidade de vida de milhões de pessoas, as perspetivas dos ucranianos que regressam do estrangeiro e a criação de pontos de crescimento que farão avançar a nossa economia dependem disso", insistiu.
[Notícia atualizada às 22h00.]