05 mar, 2025 - 13:58 • João Pedro Quesado
Os Estados Unidos da América (EUA) cortaram a partilha de informações com a Ucrânia, que está desde 2022 a combater uma invasão alargada da Rússia ao seu território. A paragem resulta de uma ordem do Presidente Donald Trump, confirmou o diretor da CIA, John Ratcliffe, numa entrevista à Fox Business.
"Penso que na frente militar e na frente de informações, acho que a pausa (que fez o Presidente da Ucrânia responder) vai acabar, e acho que vamos trabalhar lado a lado com a Ucrânia porque temos que pressionar a agressão que está ali, mas põe o mundo num lugar melhor para estas negociações de paz avançarem", disse Ratcliffe, chefe da agência de informações norte-americana.
Segundo a Reuters, não é clara a extensão do corte da partilha de informações dos EUA com a Ucrânia. Os Estados Unidos fornecem, desde 2022, informações críticas para o exército da Ucrânia identificar e definir os alvos russos que quer atacar.
De acordo com a BBC, o conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, afirmou aos jornalistas que os EUA deram "um passo atrás" na partilha de informações, e estão a "parar e rever todos os aspetos desta relação" no âmbito da guerra na Ucrânia.
O fim da partilha de informações foi inicialmente avançado pelo Financial Times, que acrescentou que os EUA ainda estão a partilhar informações com aliados como o Reino Unido. Esta terça-feira, o Daily Mail tinha noticiado que os Estados Unidos proibiram o Reino Unido de partilhar informações recolhidas por Washington com a Ucrânia.
A decisão segue-se à suspensão de toda a ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, na segunda-feira, três dias depois de um confronto com Volodymyr Zelensky na Sala Oval da Casa Branca.
[notícia atualizada às 14h27]