25 fev, 2025 - 19:49 • Susana Madureira Martins
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“Claro que estaria em Kiev, se fosse primeiro-ministro”. Pedro Nuno Santos mostra não ter dúvidas de que teria estado na Ucrânia para participar presencialmente na conferência, de segunda-feira, de apoio àquele país para assinalar o terceiro ano de invasão pela Rússia.
Falando esta terça-feira aos jornalistas na sede do PS, em Lisboa, o líder socialista respondeu à Renascença que teria ido a Kiev “pela simples razão de que esse é um dos temas mais importantes que ocupa neste momento a União Europeia e que nos interessa a todos e, portanto, Portugal não pode estar de fora”.
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Face aos “problemas técnicos” que Luís Montenegro alegou à Renascença ter tido para falhar uma intervenção à distância na conferência de apoio à Ucrânia, Pedro Nuno Santos diz que o chefe do executivo devia “ter o cuidado de, neste momento, garantir todas as condições informáticas para que as reuniões que aconteçam por videoconferência possam ter a participação do primeiro-ministro português”.
“Competências, já agora, também, em assegurar que nas ligações o primeiro-ministro possa estar presente nas reuniões, mas já agora estar também em Kiev”, acrescentou Pedro Nuno Santos.
O líder do PS foi ainda questionado pelos jornalistas se defende a presença de tropas portuguesas numa força de manutenção de paz na Ucrânia, mas Pedro Nuno Santos queixa-se de falta de informação do Governo para manifestar uma posição clara sobre o tema.
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“O PS, neste momento, na oposição, não tem toda a informação sobre as discussões que existem no plano europeu e nós não temos tido contacto recente sobre política externa por parte do primeiro-ministro”, começou por dizer o líder socialista.
Neste contexto, o PS considera que tem “pouca informação para poder dizer de forma concreta qual seria o nível ou qual poderá ser o nível de envolvimento de Portugal” numa força de manutenção de paz europeia na Ucrânia.
Ainda assim, Pedro Nuno Santos considera que a Ucrânia “é um tema muito importante para o qual deve haver solidariedade europeia e Portugal deve estar disponível para participar, no quadro europeu, daquilo que se entender que Portugal pode dar o seu contributo”.
O líder socialista acrescenta que o PS está disponível para “colaborar” com o Governo português e “conversar” sobre o tema com o primeiro-ministro português, desde que Luís Montenegro e o Governo “entendam que o contributo do PS é útil”.
Pedro Nuno salienta ainda que “nos últimos tempos, em matéria de política de defesa”, o PS não tem tido informação por parte do primeiro-ministro.