12 mar, 2025 - 14:37 • Diogo Camilo
O PS está a encurtar as diferenças para a AD após a segunda moção de censura chumbada, na passada quarta-feira, e a margem entre os dois maiores partidos na Sondagem das Sondagens não era pequena desde o final do ano passado.
Numa sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, divulgada horas antes do início da moção de confiança que resultou na queda do Governo da AD, o PS surge à frente da AD, com 25% das intenções de voto, contra 23,5% da coligação de PSD e CDS.
Este é o segundo inquérito em poucos dias a dar a vitória ao PS em legislativas, já depois de conhecido todo o caso a envolver a empresa familiar do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Em relação ao anterior barómetro da Intercampus, realizado em janeiro, o PS sobe três décimas nas intenções de voto, enquanto a AD cai quase um ponto. No entanto, ambos permanecem em empate técnico.
O Chega, com 15,2%, mantém o resultado da anterior sondagem da Intercampus, com a Iniciativa Liberal a subir quase um ponto - dos 6,1% para os 7,0%. O Bloco cai ligeiramente, enquanto o Livre cresce. CDU e PAN permanecem com o mesmo resultado de há dois meses.
A sondagem, que teve o seu trabalho entre os dias 4 e 10 de março - ou seja, entre os dias da moção de censura do PCP no qual o Governo anunciou a sua moção de confiança - regista ainda 12,7% de indecisos entre os 620 inquiridos.
Com esta nova sondagem, e depois do inquérito da Aximage divulgado esta terça-feira, o PS recupera terreno para a AD na Sondagem das Sondagens e mostra que, talvez, as sondagens da Pitagórica que mostravam o Governo a ganhar com a crise política foram precipitadas.
A atualização do projeto da Renascença coloca a AD ainda na frente, com 29,6% das intenções de voto, mas a vantagem para o PS é agora de 0,7 pontos (era de 1,5 pontos antes da crise política), com os socialistas a recolherem 28,9%.
Desde que é conhecida a empresa familiar de Luís Montenegro, os socialistas sobem quatro décimas nas sondagens, enquanto a coligação de PSD e CDS cai quatro décimas.
O Chega é dos partidos que mais cai com a crise política: desceu dos 17,4% no fim de janeiro para 16,5% com as novas sondagens, uma queda de quase um ponto. A Iniciativa Liberal é a força política que mais cresce: os liberais subiram cerca de um ponto, para os 6,9%.
Bloco de Esquerda permanece à frente de Livre e CDU, mas os três partidos registam intenções de voto muito semelhantes, entre os 3,7% e 3% na Sondagem das Sondagens.
O PAN é o partido que mais sofre neste último mês e meio: cai mais de um ponto e regista 1,6%, o que coloca em causa a continuidade de Inês Sousa Real no Parlamento.