06 abr, 2025 - 13:06 • Ana Catarina André
O PSD diz que se o programa eleitoral do PS for executado, o país voltará “ao tempo do empobrecimento que terminou na bancarrota”. “Se fosse levado à prática, Portugal voltaria a ter défice, a aumentar a dívida pública. Atiraria o país outra vez para 2011”, afirmou este domingo o dirigente social-democrata e ministro adjunto e da coesão territorial, Manuel Castro Almeida, numa reação, na sede do PSD, às medidas socialistas apresentadas para as legislativas.
De acordo com o social-democrata, as propostas do partido liderado por Pedro Nuno Santos não permitem “aumentar as pensões e os salários da função pública”, nem “baixar o IRS”.
“O PS limita-se a propor uma diminuição significativa da receita fiscal e, ao mesmo tempo, um aumento da despesa estrutural do Estado. É um programa insustentável do ponto de vista financeiro e irrelevante do ponto de vista económico”, afirmou, descrevendo as medidas socialistas como “uma receita para o desastre” e como “o grau zero da responsabilidade política e financeira”.
Castro Almeida criticou, ainda o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, dizendo que este “sempre foi pouco rigoroso com as contas”. “Lembra José Sócrates que dizia que a dívida não era para pagar, era para gerir. Pedro Nuno Santos disse o mesmo: que era melhor não pagar. A verdade é que ele não valoriza as contas certas e, por isso, quer colocar Portugal já em situação de défice em 2026.”
Questionado pelos jornalistas sobre o programa eleitoral do PSD, Castro Almeida disse que o mesmo, que será apresentado “em breve”, vai ser “mais ambicioso do que o anterior”.
Entre as medidas apresentadas este sábado pelo Partido Socialista estão a redução da semana de trabalho e o regresso do IVA Zero na alimentação.