11 abr, 2025 • Eduardo Oliveira e Silva, Luís Marinho, Luís Marques e Rui Pêgo
A Rádio primeiro. A Renascença fez (quinta-feira, 10) 88 anos. Um número “redondinho” de perseverança, paixão e competência. Programação com conteúdos de referência no Estado Novo, resistência empenhada na defesa da liberdade no PREC, liderança absoluta durante décadas no regime democrático, fundado com o 25 de Abril, o Grupo Renascença está hoje ainda mais forte, com grande vitalidade e excelente desempenho no mercado. O programa “Sondagem das Sondagens” é um bom exemplo da capacidade inovadora e criativa da Renascença. O Ranking Nacional de Podcasts que deverá ser conhecido nos próximos dias, reconfirma o “Extremamente Desagradável”, de Joana Marques, como o conteúdo preferido dos portugueses, tendo ampliado ainda mais a sua vantagem em relação à concorrência.
A SIC voltou à liderança das audiências de televisão. Ganhou Março à TVI (+ 80 espectadores) e em abril, até esta semana (segunda, 7) só perdeu um dia. Como era previsível, estes novos tempos trarão, com alguma probabilidade, alternância na liderança. A insistência da TVI na repetição de conteúdos específicos, com prejuízo para a diversidade, estará a provocar dificuldades acrescidas ao canal de Queluz. Sebastião Bugalho depois de ter trocado a TVI pela SIC e ter trocado a SIC pela política (cabeça de lista do PSD ao parlamento europeu) está de volta à CNNP para debater com Pedro Adão e Silva. Logo na estreia, perdeu para João Maria Jonet, na SICN. Aparentemente, o público não aprecia estas transferências sucessivas. Ou mais do isso, gosta cada vez menos de ver políticos no ativo, embora europeus, como comentadores? Trata-se de um indicador?
A notícia (primeiro, falsa) de que as tarifas seriam adiadas 90 dias, fez as bolsas subirem ao verde. Mal a Casa Branca desmentiu a notícia, os mercados regressaram ao vermelho. Trump provou do seu próprio veneno. A notícia, afinal, era verdadeira. Fica a dúvida: quem fez sair a notícia antes do tempo? A entourage de Donald? A avaliar pelo conselho de Trump para os americanos comprarem na Bolsa e a declaração pública de que este é o tempo para se ficar mais rico do que nunca, embora com perplexidade, parece ficar claro quem é que fez o quê.
Guerra comercial
Entre ameaças, avanços, recuos e muita confusão, o(...)
O Jornal de Letras criou um grande embaraço com a fotografia de Eça a ilustrar a capa do jornal que celebra o bicentenário de Camilo. O episódio deverá ter deixado os camilianos à beira da apoplexia. Acontece aos melhores.
Primeira página do Público (segunda, 7): “Canábis medicinal rende milhões a ex-governante do PSD”. Ângelo Correia foi o primeiro a criar uma empresa nessa área e vendeu-a por milhões. E então? O próprio Ângelo Correia explica ao jornal que se encontrou com ministros e secretários para ajudar a arrancar o projeto. Há alguma irregularidade no facto de empresários falarem com governantes? O ex-ministro do PSD como é apresentado, cometeu alguma ilegalidade? Não, que se conheça. Atualmente Portugal é o segundo maior exportador de canábis medicinal, logo a seguir ao Canadá. Percebe-se mal a oportunidade do tema de capa do Público.
O jornal “i” dedica a edição desta semana (terça, 18) à relação dos miúdos com as redes sociais. “Influenciável” é o título da publicação. Já outros, rádios, televisões e jornais, haviam dado ao tema a relevante importância que tem, como nos mostra o RASI. O Instagram acaba de bloquear a possibilidade de diretos de utilizadores até aos 16 anos; o Facebook e o Messenger, até aos 18. Ninguém consegue antecipar os efeitos destas proibições, mas a verdade é que é preciso agir. A SIC criou o SIC Explica-me, um instrumento para ajudar a literacia dos jovens. Uma estudante de comunicação de Coimbra criou uma rádio na Prisão de Aveiro, feita por prisioneiros. São duas horas diárias de emissão. São notícias que permitem alimentar esperança no futuro.
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI 2024) não deixa margem para muitas dúvidas sobre este nosso tempo: apesar de menos criminalidade no geral, mais crimes violentos e aumento da delinquência juvenil. Entre jovens, no segmento etário 12/16 anos, a violência de grupo aumentou 12%. É o valor mais alto da última década, com uma tipologia que se consolida: violência exercida por rapazes sobre meninas. Em quase metade dos casos, os agressores tinham proximidade com as vítimas. Os perigos das redes sociais são cada vez mais evidentes; a realidade é cada vez mais inquietante. É neste quadro que as famílias têm de estar atentas e vigilantes.
É a resposta do Sistema de Segurança Interna ao pe(...)
Montenegro e Paulo Raimundo inauguraram esta semana (segunda, 7) os debates televisivos que antecedem a campanha oficial para as eleições legislativas. Mortágua diz que o BE está disponível para uma nova geringonça; Pedro Nuno Santos prefere o voto útil no PS e já informou que só governa se ganhar as eleições. Depende, claro, do resultado à esquerda. Como ponto prévio a qualquer debate eleitoral, não seria aconselhável que os candidatos esclarecessem o povo sobre o que farão com os votos que receberem? E discutissem soluções concretas para a Habitação, a Saúde, a Guerra? E, já agora, como vão financiar o esforço suplementar de Defesa e Segurança? Irão cativar dinheiro às Reformas? Aos apoios sociais básicos das famílias mais carenciadas? De outra maneira, para que servem os debates eleitorais? Ainda é cedo para avaliar as audiências dos debates. É certo que no dia da estreia o Sporting recebia o Braga em Alvalade, mas Montenegro e Raimundo perderam para a CMTV.
Morreu Aurélio Pereira, o Senhor Formação do Sporting e do futebol português, responsável pela descoberta de inúmeros talentos, como Futre, Figo, Quaresma, Ronaldo. Fazia 78 anos neste outubro, dia 1. O Record publica na primeira página (quarta, 9) uma foto de Aurélio e uma citação: “o melhor olheiro do Mundo é S. Tomé – ver para crer”, disse um dia.
Sporting
O caça-talentos chefiou o departamento de recrutam(...)
Em suplemento ao programa, nos Grandes Enigmas, até onde irão os poderes da EMEL? Parece uma nova polícia. O relatório de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal não identifica o Banco que devolveu sozinho mais de 15 milhões de euros em cobranças indevidas de juros e comissões. Em casos destes, de pesado desrespeito pelas regras e pelos clientes, o Banco Central não devia revelar a identidade do malfeitor? Viver na ilusão de que tudo ficará igual apesar das guerras, militares e tarifárias é, no mínimo, irresponsável. Os nossos políticos já perceberam isso?