01 mar, 2025 - 22:00 • Fábio Monteiro
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"Não viabilizaremos nunca nenhuma moção de confiança” nem de censura ao Governo, garantiu este sábado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, em resposta ao desafio lançado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e à resposta do PCP.
O líder socialista acusou Montenegro de ter sido “prepotente” e “irresponsável” e disse: “É o senhor primeiro-ministro que tem de dizer ao país que condições acha que tem para governar. Tem de se apresentar com coragem, não transferir para a Assembleia da República uma decisão que é sua."
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“Toda a gente em Portugal percebeu, ou quase todos perceberam, que [Montenegro] vendeu a cota que detinha numa sociedade de advogados para criar uma empresa que lhe permitia continuar a receber exercendo funções de liderança no PSD”, atirou também.
Na opinião do líder socialista, a transmissão da cota para os seus filhos “não resolve nenhum problema, como não tinha resolvido a transmissão da cota à sua mulher”.
“O estrago está feito. Quebrou-se aqui uma relação de confiança com o povo português, sabemos todos que o senhor primeiro-ministro não esteve em exclusividade nos últimos 10 meses”, disse Pedro Nuno Santos.
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Quanto à moção de censura que o PCP prometeu apresentar nos próximos dias, Pedro Nuno Santos lamentou que os comunistas tivessem caído “no isco” de Montenegro. E anunciou: “Não viabilizaremos a moção de censura.”
Ainda esta noite, em declarações à “CNN”, o vice-presidente do Chega, Pedro Frazão, anunciou que o Chega vai votar a favor da moção de censura do PCP.
Ou seja, bastaria o PS votar também favoravelmente a iniciativa do PCP para o Governo cair.
Pedro Nuno Santos fez questão de sublinhar que PS não quer "instabilidade,, quer esclarecimentos”.
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